quinta-feira, julho 08, 2010

Um pouco mais livre de tempo, encontro um espaço no meu horário para vir a casa, estar sozinha uma tarde, pegar no meu pc e debitar aqui o que me apetece e vai cá dentro, que é tanto.

A 2ª edição da Antologia do Fado de Coimbra foi há pouco tempo e mais um ano estive presente de capa traçada. Ainda me espantam as minhas reacções, a minha turbina interior que, perante aquele cenário e ambiente, música e guitarras, me corróiem e quase me levam às lágrimas.. É como que darem uma arranhadela a uma das coisas que mais te tocam e comovem. Tu não sabes como reagir, e calas-te, sentas-te e ouves em silêncio até ao fim mexendo-te um pouco de vez em quando só para puxar a capa para trás.

Ainda por estas bandas, olho para o lado num entretanto e vejo a desolar deitado no escuro nas pernas de alguém. Não sei o que se passa mas prefiro não questionar porque sei que não "cairía bem".. Aguentam-se os olhares.

Mais tarde o desolar transformou-se. Não mede o que faz e o que diz e descontrola-se. Pede desculpa por telefone como o mesmo tom com que pede um lanche com maionese num bar e ignora o que lhe é escrito de forma sentida num acto de "aperto de mão" no dia anterior, relevando para si apenas a forma de dar um jeito à merda que ele mesmo fez num momento de loucura.
Magoa, não sei se por vingança, e desilude a ideia e impressão que até tinha quanto à consideração ao mínimo de educação que se deve ter pelos outros.

"Por fim, por fim...

Sinto a vida que passa
Na boca do mundo, não se sabe quem é quem..."

Conclusão:
Carpe diem com moderação.

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